Você sabe qual o sentido das festas de fim de ano?

No fim de ano, as festas se multiplicam. São confraternizações com colegas de trabalho, estudos, grupos de amigos, formaturas e por aí vai. Sem contar os momentos em família como a ceia de Natal e o Réveillon. Nesses momentos tão gostosos, damos boas risadas, trocamos presentes e recordamos momentos de superação.

Porém, para algumas pessoas, o fim de ano pode gerar sentimentos de luto e tristeza, principalmente para famílias que já não têm seus entes queridos presentes à mesa.

Qual a melhor maneira de atravessar o luto nas festas, em família?

Os conhecimentos da psicologia sobre o luto e sobre como lidar com sentimentos difíceis, como a dor da saudade, nos ajudam a atravessar as características dessa fase. Com base nestes, seguem abaixo algumas considerações:

1. Se possível, mantenha as comemorações, preferencialmente simples e leves. Algumas famílias sofreram perdas de seus entes queridos, é provável que nem todos consigam manter uma comemoração parecida com o que faziam anteriormente. Mas se essa possibilidade existir, não abra mão dela. Por mais que a tristeza cause um impulso de isolamento, a função desse impulso é ajudar a entender o fato que causou a tristeza. No caso dos processos de luto, esse processamento é feito melhor na companhia de quem está passando pela mesma coisa.  Dependendo da fase do luto, é o momento de também homenagear e honrar aqueles que partiram.   É o momento da família e dos grupos de apoio promoverem o acolhimento através das lembranças que ficaram e que jamais serão esquecidas.

 2. Permita-se notar a perda, falar dela, falar dos sentimentos que ela produz. Falar disso com pessoas que compartilham desse sentimento é um bálsamo: ao mesmo tempo em que alivia o sofrimento, nos ajuda a reforçar as relações familiares. Abra espaço para essas conversas, essas memórias e esses compartilhamentos nas suas festividades. Porta-retratos com imagens da pessoa que partiu ou outros elementos que remetem à pessoa, além de criarem oportunidades para compartilhar memórias e sentimentos, também funcionam para fazer aquela pessoa estar “presente” em diversas formas.

 3.   Ao mesmo tempo, crie estratégias para que cada um possa respeitar seu próprio ritmo. Espaços de “escape”, como um quarto mais distante do local da comemoração, uma varanda mais silenciosa, algum refúgio no quintal, onde as pessoas possam estar caso desejem ficar sozinhas por alguns momentos. São atitudes de empatia e compaixão que geram bem-estar entre os familiares, pois cada um, no seu tempo, têm a oportunidade de se expressar com a liberdade que lhe aprouver.

Qual a melhor maneira de praticar o acolhimento nas visitas aos cemitérios?

1.  É importante que as equipes de trabalho estejam preparadas para acolher as famílias de forma verdadeira e com excelência, proporcionando às pessoas um ambiente de “abraço” e boas recordações.

2.  As ações devem ser feitas de forma sutil, com respeito, empatia e compaixão.

3.  É momento de solidarizar-se, cuidar da dor e da saudade.

4.  As estruturas físicas devem estar preparadas no que se refere à organização, limpeza e manutenção do local, em todos os aspectos, proporcionando assim leveza e bem estar ao ambiente. 

 5.  Por se tratar de uma época festiva, com muitas pessoas viajando nesse período do ano, algumas ações como envio de mensagens virtuais, transmissões de cerimônias ao vivo, compra e envio de coroas de flores possibilitarão a despedida e homenagens mesmo distante.

Todos os itens acima, aliados a um propósito claro de cuidado e acolhimento, proporcionarão uma ambiência de transformação, seja em locais simples ou com estrutura mais requintada. As pessoas que irão atuar devem estar comprometidas com a dor do próximo e precisarão entender que são geradores de vida, fazendo toda a diferença no momento das visitas.

Nós da Adiaŭ temos o compromisso de possibilitar a inclusão de todas as pessoas distantes e proporcionar um acolhimento sem fronteiras, por meio das empresas do segmento funerário que possuem a nossa tecnologia para transmissão de velórios ao vivo. Em qualquer situação de despedida ou cuidado, proporcionamos e facilitamos a conexão entre as famílias e amigos, sempre nos preocupando com o próximo e permitindo com que as pessoas se façam presentes, mesmo estando em qualquer lugar do mundo.

Importarmo-nos com a dor das pessoas de forma verdadeira mostra a nossa essência e o real sentido da vida! 

Texto original – Psicóloga Tatiana Perecin. 

Adaptado por Stael Veiga.

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